terça-feira, 9 de novembro de 2010

A ineficiência do poder público

O poder público ineficiente

                         

da coluna et cetera do parana-onine
A linha de estatização pregada pela base partidária que sustenta o governo federal comprovadamente não é a mais indicada, tampouco a mais correta. A nova demonstração da veracidade dessa sentença foi a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Os erros foram primários, a começar pelas falhas de revisão dos cadernos de questões. O Ministério da Educação (MEC), orgão responsável pela prova, permitiu, desatentamente, que as impressões saíssem invertidas. Também houve o registro de entrega de cadernos com questões repetidas ou ausentes. Em Curitiba, por exemplo, três alunos informaram que receberam o material com folhas das provas amarela e branca misturadas - e por duas vezes. A aluna Veridiana Ferteski, de 18 anos, declarou que havia problemas em pelo menos 14 questões. Além disso, houve casos em que candidatos usaram o celular e, em Recife, um jornalista conseguiu entrar no colégio e vazou o tema da redação. O governo, se por um lado classifica o evento como um “sucesso”, por outro admite que pode aplicar um novo exame para aqueles que se sentiram prejudicados. O custo da operação é elevadíssimo. Se esses fatos ocorressem no domínio da iniciativa privada, os valores estariam muito aquém do realizado e as possibilidades de falhas seriam muito menores. O Estado é incompetente e ineficiente.

Vai cair


A permanência do ministro da Educação Fernando Haddad no governo Dilma era dada com certa. Agora, não mais. O Enem cortou-lhe a cabeça. O PT já articula a ocupação da cadeira por um de seus filiados. O nome do momento é o da senadora Marta Suplicy. Em tempo: se isso acontecer, será a troca do seis pelo meia dúzia. O Ministério merece um especialista de porte.

Privatizações

Há uma espécie de senso comum junto à opinião pública de que o governo não deve alienar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Mas essa premissa não atinge outros órgãos que não dão resultados e prestam péssimos serviços à sociedade. O caso dos Correios e Telégrafos, por exemplo, deve ser reestudado. A estatal, além de não atender plenamente a população, hoje virou sinônimo de corrupção. Vale lembrar que o mensalão iniciou lá, bem como, agora, os escândalos envolvendo a Casa Civil e os parentes da ex-ministra Erenice Guerra.

Afinal...

Onde o Brasil não falha? Principalmente na cobrança de impostos. Com uma carga tributária altíssima, o Estado busca com rigor os recursos dos contribuintes. Se agisse com o mesmo empenho na aplicação do dinheiro, a saúde, a educação e a segurança pública estariam em outro patamar.

Última
Quem torce o nariz para as privatizações deve lembrar do sucesso das telecomunicações no Brasil. O telefone fixo virou um inútil e sobram linhas de celulares. A impressão de que desestatizar configura-se a “venda de bens do povo” é um equívoco, pois a empresa continua sob o controle das chamadas agências reguladoras e o Estado permanece parceiro, arrecadando tributos.

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